Débora, Taynara, Alan e Higor - alunos autores
O SOPRO DO VENTO TRANSFORMA A VIDA
Categoria: Crônica
Aluno: ALAN DE JESUS FERREIRA
Professora: Maria Aparecida Ferreira Morais
O silêncio e a tranqüilidade eram enfatizantes. Lugar distante, não tão distante dali onde eu moro, distante do barulho...
Sentei-me e pus a ver a paisagem por onde o vento brinca de pega-pega, esconde-esconde, polícia e ladrão, não sei... Sei que ele está sempre corr
endo, tocando em rostos e deixando a tranqüilidade. Os pássaros passavam por ali, feito foguetes, desviando-se de árvores e paredes, fios e postes, mas sempre apressados.
Lá estava eu vendo a vida passar, o vento a correr, passando em meu rosto deixando-me leve e tranqüilizado – o vento transformava o adro da igreja num perfeito paraíso. E do alto a contemplar toda a cidade, o padroeiro Santo Antônio, com tantos pedidos a atender, deixa sua protegida cidade – Santo Antônio do Rio Abaixo – completamente em paz. É assim que me sinto, sentado na escadaria ou na grama do adro ou na beirada dos canteiros ou mesmo encostado ou nos balaústres que a separam da praça.
O vento que sopra no alto da igreja de minha cidade é o vento que me faz acreditar, lutar, é vento que transforma e vê. Faz a vida valer a pena, acreditar em nossos sonhos e lutar para que sejam transformados em realidade.
O vento que sopra em minha cidade é o vento que transforma a vida!
DE UM MUNDO DE LETRAS
UMA CAIXA DE HISTÓRIAS
UMA CAIXA DE HISTÓRIAS
CATEGORIA: MEMÓRIAS LITERÁRIAS
Aluna: TAYNARA DOS SANTOS OLIVEIRA
Professora: Maria Aparecida Ferreira Morais
Não foi difícil captar no relato da senhora Maria Aparecida e mergulhar na “piscina de letras”, que a cada palavra ia ficando mais profunda... Era como se fosse um mergulho sem fronteiras e sem fim que nos fazia esquecer do presente.
“Pra falar do meu avô, na minha infância voltarei. Ao passar por aquela porteira num mundo de emoções me achei - emoções fortes, emoções suaves, emoções distintas, emoções mistas . e sentado no canto da varanda em L, descobri que era o mundo do meu avô, o banco era o trono de onde ele comandava toda a fazenda.
Naquela fazenda atrás daquela porteira em um mundo encantado, nas férias, atraía todos os netos, transformando-a num magnífico parque de diversões, onde ninguém conseguia se conter e muito menos determinar seu fim. Brincávamos de quase tudo e nossos brinquedos não eram comprados e sim confeccionados por nós mesmos – a tecnologia ainda não fazia parte de nossas vidas e nem do nosso lazer.
As meninas preferiam brincar as bonecas de sabugo de milho com as roupinhas feitas de retalhos – restos das costuras da avó e das tias. Outras brincadeiras preenchiam nosso dia assim como a água preenche o mar : amontoávamos pedras e fazíamos um fogão, as panelas eram as latinhas de extrato de tomate, sardinha e fazíamos comida de verdade, até bala de hortelã brotavam de nossas panelas...
Tornávamos os pés de goiaba, pitanga e de manga nossa brincadeira de escalada em busca dos frutos cheirosos e apetitosos! E que saudades ... dá água na boca só de lembrar!
As gangorras zunavam –nos pelos ares soltos na imensidão dos quintais presas no galho forte da apenas por uma corda de bacalhau e um pau amarrado na ponta – onde assentávamos - às vezes enrolando e perdendo a direção.
Mas a nossa diversão maior chegava junto com a noite – brincar de esconde-esconde no escuro ( era cada susto com as sombras!). Não havia luz elétrica, apenas uma chama a dançar em cada canto da casa – as lamparinas ( latinhas que consistem num reservatório que contém a querosene, em cuja abertura superior está um pavio que mantém contato com o óleo do reservatório. O pavio permanece constantemente embebido na querosene. À medida que a querosene na ponta do pavio é queimado, o óleo do reservatório sobe em direção à ponta do pavio.).Um dos principais esconderijos era no girau e aproveitávamos para beliscar as gostosuras guardadas ali, como rapadura e amendoim.
Uma pessoa especial que alegrou minha infância foi minha madrinha Lucinha, que desde pequena foi criada pela mina avó. Contava-nos histórias, brincava de esconde-esconde, se divertia com a gente – virava criança no meio da netaiada nas férias. Mais uma naquela casa que nos conduzia ao mundo imaginário, na nave do tempo! Não me esqueço de suas gostosas e estrondosas gargalhadas...
E, eu, a primeira neta a dominar as letras, era cercada pelos curiosos primos para saber do lobo mau que habitava o meu precioso pré-livro “AS MAIS BELAS HISTÓRIAS” . Sentia-me feliz, privilegiada por ter comigo o segredo do encantamento como se eu dominasse as histórias que viviam dentro dos livros.
O rádio de meu avô também deixou marcas em minha memória. Meu avõ não permitia que ninguém o ligasse – era para a pilha durar mais tempo! – a não ser minha avó que tinha exceção às três horas da tarde sintonizar na Rádio Aparecida, para ouvir a Bênção de Nossa Senhora Aparecida e benzer água pelo padre Vitor – água que todos tomavam um golinho, inclusive meu avô. E à noite, depois que se deitava, e de manhã (madrugada, mesmo!), ainda na cama meu avô ligava o rádio no programa do Zé Bétio, e as modas caipiras invadiam a fazenda: “Eu tenho uma mula preta com sete palmos de altura...” E assim a música povoou a minha infância!
Levantávamos bem cedo, tomávamos café com leite e quitanda da vovó Maria Lima e recomeçava as brincadeiras. Às nove horas parávamos para almoçar : canjiquinha com costelinha e uma verdurinha com feijão. Todos se reuniam na cozinha, pois ninguém é de ferro e saco vazio não para em pé. Outra vez: brincar. Ao meio-dia parávamos pra comer qualquer coisa – banana cozida, fubá suado, batata assada... depois de jantar - às três horas - íamos todos prosear na varanda ou escorregar nas capas de coqueiros nos capins secos do mês de julho, morro abaixo... era um frio na barriga na velocidade alcançada, na coragem de deixar-se levar morro abaixo dentro da capa.
E a noite chegava, de banho tomado e já cochilando, rezávamos o terço e a ladainha, junto com vovó e Lucinha. Terminada a reza – “tomem o leite e pra cama” – dizia a minha vó, mas o sono ia embora assim que a reza terminava – e no quarto das meninas era um barulho só e a Lucinha comandava tudo : contávamos casos, assombrações nas histórias de Lucinha e dormíamos assombrados depois de várias vezes o vovô gritar : “ Chega, meninos! Vão dormir!”
O tempo voa, parece fugir de algum monstro, nessa época ainda era garota, devia ter uns 7 ou 8 anos ... já são 40 anos pra contar! “
Depois dessa viagem inesquecível e emocionante no túnel do tempo era como se avistasse uma luz que me levava de volta ao presente. Envolvente viagem!
(Texto baseado no depoimento da Sra Maria Aparecida Ferreira Morais, 48 anos – minha professora)
As meninas preferiam brincar as bonecas de sabugo de milho com as roupinhas feitas de retalhos – restos das costuras da avó e das tias. Outras brincadeiras preenchiam nosso dia assim como a água preenche o mar : amontoávamos pedras e fazíamos um fogão, as panelas eram as latinhas de extrato de tomate, sardinha e fazíamos comida de verdade, até bala de hortelã brotavam de nossas panelas...
Tornávamos os pés de goiaba, pitanga e de manga nossa brincadeira de escalada em busca dos frutos cheirosos e apetitosos! E que saudades ... dá água na boca só de lembrar!
As gangorras zunavam –nos pelos ares soltos na imensidão dos quintais presas no galho forte da apenas por uma corda de bacalhau e um pau amarrado na ponta – onde assentávamos - às vezes enrolando e perdendo a direção.
Mas a nossa diversão maior chegava junto com a noite – brincar de esconde-esconde no escuro ( era cada susto com as sombras!). Não havia luz elétrica, apenas uma chama a dançar em cada canto da casa – as lamparinas ( latinhas que consistem num reservatório que contém a querosene, em cuja abertura superior está um pavio que mantém contato com o óleo do reservatório. O pavio permanece constantemente embebido na querosene. À medida que a querosene na ponta do pavio é queimado, o óleo do reservatório sobe em direção à ponta do pavio.).Um dos principais esconderijos era no girau e aproveitávamos para beliscar as gostosuras guardadas ali, como rapadura e amendoim.
Uma pessoa especial que alegrou minha infância foi minha madrinha Lucinha, que desde pequena foi criada pela mina avó. Contava-nos histórias, brincava de esconde-esconde, se divertia com a gente – virava criança no meio da netaiada nas férias. Mais uma naquela casa que nos conduzia ao mundo imaginário, na nave do tempo! Não me esqueço de suas gostosas e estrondosas gargalhadas...
E, eu, a primeira neta a dominar as letras, era cercada pelos curiosos primos para saber do lobo mau que habitava o meu precioso pré-livro “AS MAIS BELAS HISTÓRIAS” . Sentia-me feliz, privilegiada por ter comigo o segredo do encantamento como se eu dominasse as histórias que viviam dentro dos livros.
O rádio de meu avô também deixou marcas em minha memória. Meu avõ não permitia que ninguém o ligasse – era para a pilha durar mais tempo! – a não ser minha avó que tinha exceção às três horas da tarde sintonizar na Rádio Aparecida, para ouvir a Bênção de Nossa Senhora Aparecida e benzer água pelo padre Vitor – água que todos tomavam um golinho, inclusive meu avô. E à noite, depois que se deitava, e de manhã (madrugada, mesmo!), ainda na cama meu avô ligava o rádio no programa do Zé Bétio, e as modas caipiras invadiam a fazenda: “Eu tenho uma mula preta com sete palmos de altura...” E assim a música povoou a minha infância!
Levantávamos bem cedo, tomávamos café com leite e quitanda da vovó Maria Lima e recomeçava as brincadeiras. Às nove horas parávamos para almoçar : canjiquinha com costelinha e uma verdurinha com feijão. Todos se reuniam na cozinha, pois ninguém é de ferro e saco vazio não para em pé. Outra vez: brincar. Ao meio-dia parávamos pra comer qualquer coisa – banana cozida, fubá suado, batata assada... depois de jantar - às três horas - íamos todos prosear na varanda ou escorregar nas capas de coqueiros nos capins secos do mês de julho, morro abaixo... era um frio na barriga na velocidade alcançada, na coragem de deixar-se levar morro abaixo dentro da capa.
E a noite chegava, de banho tomado e já cochilando, rezávamos o terço e a ladainha, junto com vovó e Lucinha. Terminada a reza – “tomem o leite e pra cama” – dizia a minha vó, mas o sono ia embora assim que a reza terminava – e no quarto das meninas era um barulho só e a Lucinha comandava tudo : contávamos casos, assombrações nas histórias de Lucinha e dormíamos assombrados depois de várias vezes o vovô gritar : “ Chega, meninos! Vão dormir!”
O tempo voa, parece fugir de algum monstro, nessa época ainda era garota, devia ter uns 7 ou 8 anos ... já são 40 anos pra contar! “
Depois dessa viagem inesquecível e emocionante no túnel do tempo era como se avistasse uma luz que me levava de volta ao presente. Envolvente viagem!
(Texto baseado no depoimento da Sra Maria Aparecida Ferreira Morais, 48 anos – minha professora)
“Mais ajuda quem não atrapalha”
Categoria: Artigo de Opinião
Aluno: HIGOR DAMASCENO DE OLIVEIRA
Professor: Maria Aparecida Ferreira Morais
Santo Antônio do Rio Abaixo, uma pequena cidade que se vista por um grande mapa não passa de um pequeno borrão de tinta. Localizada a mais ou menos 180 km da capital mineira, esta cidade é bem famosa por suas grandes belezas naturais e basicamente é o turismo
que move nossa economia.
Recentemente um projeto governamental esta causando reboliço entre os cidadãos, as chamadas PCHs, que são nada mais, nada menos que pequenas usinas hidroelétricas.
Essas PCHs estão vindo para nossa região como pulgas vão a um cão. Ao serem instaladas várias “desgraças” vem consigo para a nossa localidade.
E exatamente em nosso município temos o projeto da Pequena Central Hidrelétrica Quinquim , prevista para ser instalada no rio do Santo Antônio, afluente da margem esquerda do rio Doce no estado de Minas Gerais.
Segundo o governo, a construção das PCHs trará consigo varias vagas de empregos e melhorias para a cidade durante o período de construção. EXATO, durante a construção das PCHs, vagas de empregos poderão ser abertas, mas quando o projeto for finalizado os empregos acabaram, e apenas alguns empregados mandados pelo próprio Governo tomaram conta da pequena usina de força.
Essa é a pequena ponta do iceberg, além de mal trazer desenvolvimento para a cidade, moradores ribeirinhos e vários animais poderão perder suas casas por causa do aumento do nível das águas.
Um dos trunfos da defesa é a aparição de um peixe – o andirá - que já foi denominado como extinto. O andirá , um peixe exclusivo dessa bacia – do Rio Santo Antônio - esta vivendo e procriando em um local bem próximo ao local da construção da PCH Quinquim.
Com o decorrer do processo, cada vez mais a ideia da construção da PCH vai perdendo força , pela voz da juíza Lílian Maciel a construção da PCH seria prejudicial ao município - “A construção das PCHs no decorrer do rio Santo Antônio trará catastróficos desastres para a biodiversidade da região, principalmente com a reaparição de uma espécie de peixe que já foi dado como extinto no rio.”
Se a licença que permite a construção de tal for realizada pode haver um chamado “colapso ambiental” na região e novamente a Juíza Lílian Maciel se pronunciou dizendo “A análise isolada e pontual de um empreendimento pode não ser lesiva ao meio ambiente. Porém, vários empreendimentos numa mesma localidade podem ter dimensões efetivamente catastróficas. A irreversibilidade do dano ambiental se sobrepõe ao possível prejuízo à produção energética a ser propiciada por aquelas hidrelétricas.”
Ainda disse Lílian Maciel que é direito constitucional a preservação e defesa de um meio ambiente “ecologicamente equilibrado” e é dever do Poder Público exigir o estudo prévio do impacto ambiental, no caso de atividades “potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente”. A mesma previsão está contida na Lei nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Os empreendimentos dependerão de “prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis”.
A PCH Quinquim seria um trabalho de caranguejo, pois ela não traria nenhum lucro maciço para a cidade e muito menos grandes porcentagens de desenvolvimento e além de tudo, a sua produção energética seria baixíssima sendo de 17.33 MW, e esta energia não seria utilizada propriamente pela cidade.
A bióloga e analista ambiental do Instituto Chico Mendes, Beatriz Ribeiro Lisboa, apresentou um estudo que enumera possíveis danos caso as oito usinas , ao longo do rio Santo Antônio sejam construídas. Entre outros impactos, ela cita a degradação da fauna aquática e da Mata Atlântica remanescente, além da destruição de sítios paisagísticos e de áreas produtivas.
Enquanto isso, o destino da bacia do Rio Santo Antônio e de muitas outras segue indefinido, até que a Justiça decida . “Partir do pressuposto que Pequena Central Hidrelétrica não causa impacto ambiental é um erro conceitual” - essa frase do professor e pesquisador do Departamento de Engenharia Hidráulica da UFMG, Carlos Martinez, resume toda discussão acerca desse empreendimento, portanto, se o bom senso se mantiver, as cachoeiras de nosso rio e os peixes continuarão sem ser incomodados e as belezas de nossas praias serão nossas para sempre!
O município não precisa disso para se desenvolver e, se sabiamente manipuladas as suas belezas naturais e se incentivado mais o turismo local, poderemos prosperar ainda mais que o esperado. E ao final de tudo, mais ajuda quem não atrapalha!
Recentemente um projeto governamental esta causando reboliço entre os cidadãos, as chamadas PCHs, que são nada mais, nada menos que pequenas usinas hidroelétricas.
Essas PCHs estão vindo para nossa região como pulgas vão a um cão. Ao serem instaladas várias “desgraças” vem consigo para a nossa localidade.
E exatamente em nosso município temos o projeto da Pequena Central Hidrelétrica Quinquim , prevista para ser instalada no rio do Santo Antônio, afluente da margem esquerda do rio Doce no estado de Minas Gerais.
Segundo o governo, a construção das PCHs trará consigo varias vagas de empregos e melhorias para a cidade durante o período de construção. EXATO, durante a construção das PCHs, vagas de empregos poderão ser abertas, mas quando o projeto for finalizado os empregos acabaram, e apenas alguns empregados mandados pelo próprio Governo tomaram conta da pequena usina de força.
Essa é a pequena ponta do iceberg, além de mal trazer desenvolvimento para a cidade, moradores ribeirinhos e vários animais poderão perder suas casas por causa do aumento do nível das águas.
Um dos trunfos da defesa é a aparição de um peixe – o andirá - que já foi denominado como extinto. O andirá , um peixe exclusivo dessa bacia – do Rio Santo Antônio - esta vivendo e procriando em um local bem próximo ao local da construção da PCH Quinquim.
Com o decorrer do processo, cada vez mais a ideia da construção da PCH vai perdendo força , pela voz da juíza Lílian Maciel a construção da PCH seria prejudicial ao município - “A construção das PCHs no decorrer do rio Santo Antônio trará catastróficos desastres para a biodiversidade da região, principalmente com a reaparição de uma espécie de peixe que já foi dado como extinto no rio.”
Se a licença que permite a construção de tal for realizada pode haver um chamado “colapso ambiental” na região e novamente a Juíza Lílian Maciel se pronunciou dizendo “A análise isolada e pontual de um empreendimento pode não ser lesiva ao meio ambiente. Porém, vários empreendimentos numa mesma localidade podem ter dimensões efetivamente catastróficas. A irreversibilidade do dano ambiental se sobrepõe ao possível prejuízo à produção energética a ser propiciada por aquelas hidrelétricas.”
Ainda disse Lílian Maciel que é direito constitucional a preservação e defesa de um meio ambiente “ecologicamente equilibrado” e é dever do Poder Público exigir o estudo prévio do impacto ambiental, no caso de atividades “potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente”. A mesma previsão está contida na Lei nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Os empreendimentos dependerão de “prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis”.
A PCH Quinquim seria um trabalho de caranguejo, pois ela não traria nenhum lucro maciço para a cidade e muito menos grandes porcentagens de desenvolvimento e além de tudo, a sua produção energética seria baixíssima sendo de 17.33 MW, e esta energia não seria utilizada propriamente pela cidade.
A bióloga e analista ambiental do Instituto Chico Mendes, Beatriz Ribeiro Lisboa, apresentou um estudo que enumera possíveis danos caso as oito usinas , ao longo do rio Santo Antônio sejam construídas. Entre outros impactos, ela cita a degradação da fauna aquática e da Mata Atlântica remanescente, além da destruição de sítios paisagísticos e de áreas produtivas.
Enquanto isso, o destino da bacia do Rio Santo Antônio e de muitas outras segue indefinido, até que a Justiça decida . “Partir do pressuposto que Pequena Central Hidrelétrica não causa impacto ambiental é um erro conceitual” - essa frase do professor e pesquisador do Departamento de Engenharia Hidráulica da UFMG, Carlos Martinez, resume toda discussão acerca desse empreendimento, portanto, se o bom senso se mantiver, as cachoeiras de nosso rio e os peixes continuarão sem ser incomodados e as belezas de nossas praias serão nossas para sempre!
O município não precisa disso para se desenvolver e, se sabiamente manipuladas as suas belezas naturais e se incentivado mais o turismo local, poderemos prosperar ainda mais que o esperado. E ao final de tudo, mais ajuda quem não atrapalha!