CRÔNICA
DEPOIS DO PÔR-DO-SOL
Quando eu era bem pequeno, moleque desses curiosos mesmo, ficava impressionado com tudo que via a cada vez que meu pai me levava para acompanhá-lo em suas pescarias e ficávamos acampados por essas margens afora do Rio Santo Antônio.
Como tínhamos que montar a barraca antes de anoitecer e dava um trabalhão danado eu sempre procurava escapar... preferia sair passeando pela beira das cachoeiras e ver os peixes encostando para passar a noite num lugar bem sossegado.
Numa dessas ocasiões, fomos para o Poço Limão, lugar de beleza incomum, rio acima a uns 8 quilômetros da cidade, lugar sem moradores, rodeado por uma mata. Era um belo fim de tarde, me encostei em uma pedra, após andar beira rio por uns bons minutos, fiquei observando o pôr-do-sol. Fiquei deslumbrado com aquele lindo espetáculo de cores se misturando com a orquestra que os insetos formavam como se estivessem agradecendo por mais um belo dia de vida.
E eu em meio a isso tudo, lembrei que era quase noite e estava um pouco longe do acampamento. E, então saí em disparada... mesmo assim escureceu antes que eu chegasse. Fui tropeçando. Dei o meu jeito: peguei um pedaço de pau e fiz dele meu guia, assim como fazem os cegos.
Ufa! Que alívio! Ouvi vozes familiares. Corri! Era a voz de meu pai.
_ Por onde você andou, menino?
_ Não vi a hora passar... – e abracei meu pai com força.
(Wálacy, 9º ano 2010)
Orquestra na roça
O amanhecer na roça se transforma em uma disputa de cantos entre belos galos com suas posturas de reis do terreiro. Galos jovens, galos mais velhos ou até garnisés, formando uma orquestra de melodias diferentes com a magnitude de tantas vozes afinadas.
Eu não conseguia definir qual canto era o mais perfeito. Observo a serenidade do pequeno galinho garnisé e a imponência do grande galo índio com seu canto curto e grosso, não muito afinado mas com uma característica diferenciada. São vários galos na disputa: o músico, o garnisé, o índio, o pedrês, o gigante zabrão, o rabichara, o comum...
Depois de ouvir essa mistura de cantos por mais de horas, ora um, ora outro, ora vários ao mesmo tempo, considerei que o belo galo músico ganhara a disputa com seu canto comprido levando o bico ao chão, ficando quase dois minutos sem parar de cantar. Seu esplendor, a sua postura de rei juntam-se a seu magnífico canto que suavemente passa pelos meus ouvidos e me deixa alegre por ter acordado admirando lindas canções compostas pelos galos, sendo todos cantores natos, profissionais!
Wálacy Vieira Gomes, 9º ano – 2010
Anoitecer
O fim da tarde já está chegando e a noite está entrando. O sapo canta na beira do rio que com a cachoeira produzem um barulho estranho. Na cozinha o fogo crepita no fogão à lenha parecendo fogueira de São João. O curiango grita pela estrada : “amanhã eu vou”. É a beleza do som do anoitecer e tudo fica mais calmo.
Cada vez escurece mais, as estrelas ficam cada vez mais brilhantes e a lua entrega a sua beleza à madrugada.
Deixo essa beleza e vou para minha cama, pois amanhã tenho que estar de pé às 6 horas e começar o meu dia de trabalho e às 4 horas quando termina o dia de trabalho me preparo para mais um espetáculo do anoitecer. É como um sonho, cada dia mais alegria de viver e a certeza que vamos curtir muito as noites maravilhosas.
Então a cada anoitecer tenho certeza que a vida é um grande espetáculo.
Daniel Jônatas. 9º ano, 2010
Anoitecer
O anoitecer é sempre maravilhoso. Eu sempre observo o sol se por por detrás das montanhas e mais tarde a lua saindo... iluminando tudo. As estrelas brilham no céu clareando o mato. É sempre muito bom!
A lua, às vezes, se parece com um globo, outras vezes com uma banana e eu bem queria saber por que a lua tem formatos diferentes... por que serve de inspiração para os casais apaixonados... lua, lua que tanto de encanto que deixa tantos tontos...
E quando acontece do céu não clarear, a lua não sair, a noite fica escura, o mato sombrio e até um pouco assustador, eu também me escondo dentro de casa com as portas e janelas fechadas ouvindo apenas os bichos noturnos amedrontando-me.
E assim se passam os dias, cada um com seu brilho - uns mais outros menos - e seu charme em cada anoitecer... Tudo vai adormecendo e por fim resta sozinha a noite linda. Seja clara ou escura a noite tem seus encantos. E eu por fim vou dormir feliz por poder presenciar mais um anoitecer. Obrigada, meu Deus!
Tayná Fernandes, 9º ano – 2010.
Amanhecer na roça
O amanhecer na roça começa com a orquestra dos galos; pois eles fazem questão de acordar cedinho para mostrar e exibirem seus talentos – cada um em seu terreiro com seus gogós afinados. A cada cocoricó mostram quem é que mandam no terreiro.
Depois o aroma do café coado invade toda a casa nos enfeitiçando para tomar um gole acompanhado com um belo pedaço de queijo. Mas o amanhecer na roça é também o despertar do trabalho, pois é bem cedinho que todos começam suas obrigações.
Não há amanhecer melhor do que na roça , acabei de crer – é na roça que tenho o imenso prazer de acordar com as canções dos galos e ter um café com queijo bem mineiro me esperando na mesa... É garantia que meu dia será perfeito.
Jéssica Lorraine Batista Araújo, 9º ano, 2010
muitoo legal como vcs falaram ai
ResponderExcluirparabêns pelos alunos! muito bom essas cronicas gostei muito mim ajudo d+! valeu!!!
ResponderExcluirmuito bom
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