POESIAS
MEU CANTINHO
Co – co – ri – có!
Raiou o dia
O galo anuncia
Tá na hora, dona Maria,
De um café quentinho preparar.
Da lenha nasce a chama
E o fogo baixo inicia sua sina
Pra espantar o frio da manhã
Rodeando o fogão de lenha
Reúne a família e combina.
Cada um procura o que fazer
Nossa vida não é só lazer
Para a natureza nos agraciar
Não dá pra ver apenas o tempo passar.
Enquanto isso o tic tac do relógio
Vai sem parar o tic tac sem fim,
brilha o sol cada vez mais alto
O dia também procura o fim.
Chega a hora do almoço
Saco vazio não para em pé
Dizem por aí - é verdade verdadeira
Na qual eu boto fé.
Depois de encher a barriga
É melhor dar uma descansada
Pois ninguém é de ferro.
Ainda vamos pra cidade.
A tarde vem num piscar de olhos
O dia está indo embora...
As contas, a reunião na escola,
Tudo acertado e a correria para.
Vencido mais um dia
O sol já cumpriu sua jornada
E eu, cumpri a minha?
É hora de jantar e bater papo.
Depois desse corre corre
Tudo pára
O tempo esfria
O fogão de lenha me atrai
O fogo aquece a conversa.
Mas é hora de por os olhos na bainha.
O frio aperta,me enrolo e enrosco.
Madrugada, sono pesado
Belos sonhos...e que sonhos!
E de novo co-co- ri-có...
Novamente mais um dia
Acorda, dona Maria,
E faz um café pra nos esquentar.
E nessa rotina
Segue a vida desse lugar
e agradeço todos os dias
o poder de desfrutar
desse cantinho especial.
(Taynara, 6º ano, 2010)
ROTINA DE SANTO ANTÔNIO
Amanheceu, galo cantou
Brisa geladinha soprou
Lá do leste o sol levantou
O dia acordou, a vida começou.
Os pássaros festejam
O dia que vem vindo
E cantam hinos
Este é o amanhecer mais lindo.
As flores estão lá
E as pétalas aguardam
Serem penteadas pela brisa
Que passa pra lá e pra cá.
Assim deixamos a cama quentinha
Com o cheiro do café a convidar
Tem broinha de fubá
E leite fresco pra acompanhar.
Agora aos trabalhos essenciais
Regar a horta e alimentar os animais.
Varrer o terreiro e almoço preparar
E as crianças pra escola estudar.
O sol cada vez mais forte
Deixa o leste e vai para o alto do céu
Animais procuram sombra
e na roça é hora do café.
Os pássaros constroem seus ninhos
Abelhas colhem o néctar das flores
Bezerros saltam em volta das mães
E o riacho embala a vida por ali.
Sentada na varanda
Ouço até meu pensamento
Com os cabelos soltos ao vento
Sentindo a gostosa brisa da vida.
E para o oeste o sol vai indo
Ta na hora de descansar
Para no outro dia firme e forte
No mesmo lugar estar.
As lentamente a noite vem
O frio se aproxima
O céu fica estrelado
O luar vem gelado.
E no escuro da noite
No meio do brejo
O sapo coaxa ( e como coaxa!)
O grilo cricrila ( e como cricrila!)
Sob o luar dormimos
No meio da noite fria
Mas logo irá amanhecer
E sol virá aquecendo nossa vida.
(Márcia Cristina, 6º ano, 2010)
E COMEÇA O DIA...
E começa o dia ...
Bem-te-vi , fazendeiro, canarinho
E de bem com a vida na cantoria
todos soltam as vozes em harmonia.
Vacas bois e bezerros
Soltam seus berros.
Cachorros atrás dos cavalos
Pelo pasto vão acelerados.
Águas batendo na pedra
Formam cachoeiras
Peixes descem na corredeira
E pro rio vão...
Escurece.
Os pássaros soltam o último canto.
Em silêncio vou dormir.
Apenas ouço o sapo martelo martelando...
E de manhãzinha
O galo canta
A neblina baixinha,
O frio gelado...
Largo a cama quentinha
E vou sentar à beira do fogão
Tomar café
E um novo dia começar.
(Pâmela, 6º ano, 2010)
FRAGMENTOS
Levemente enrolando pelas pedras
Como gotas preciosas caindo do céu
Vem descendo a cachoeira do cristal.
Montanhas altas e pequenas
Cada uma delas abriga
Seu jeitinho de nos encantar.
O rio desce pela cidade
Com suas pequenas ruas e bairros
Mas tudo é grande pra admirar
As casas, a amizade, a fé sem par.
E corre como o vento
As águas batendo nas pedras
Vão sua rota fazer
É muita beleza pra apreciar.
E nosso coração é ainda maior
Pois é capaz de guardar
todas as belezas desse lugar.
(Maria Luíza, 6º ano, 2010)
BELEZAS DO MEU LUGAR
Acordo de manhãzinha
Sento na varanda
Fico a observar o amanhecer
A paisagem, os barulhos, os cheiros.
As montanhas se escondem na neblina
Devagarinho o frio envolve a manhã
E de mansinho o sol vem surgindo
É um espetáculo que ilumina.
O movimento dos pássaros
Que cantam sem parar
A disputa dos galos a cantar
O barulho do riacho chuá...chuá...
E da cozinha vem o cheirinho do café
Que se mistura com as rosas do jardim
Tudo começa a funcionar enfim
O trabalho agora dá a vida por aqui.
AMANHECER COM AS BELEZAS
O amanhecer em minha terra
Vem lá do alto da Serra
O vento bem gelado
Com a neblina bem baixinha.
E o sol nasce bem atrás das montanhas
Com um brilho que irradia
E com o seu calor vai sumindo a neblina
As nuvens vêm vindo – que lindo!
O cheiro do café me faz levantar
Tem queijo bem mineiro na chapa a derreter
Broinha de fubá e biscoito pra comer
Com canela o leite vem pra completar.
E o galo canta exaltando a natureza
Tudo começa a acontecer
Os adultos vão trabalhar
As crianças estudar e brincar.
O rio desce por minha cidade
Silencioso e harmonioso
É um lugar muito gostoso
É tranqüilidade de viver.
Aqui o povo é hospitaleiro
Tem muita alegria de mineiro
Tem belezas pra se ver
E sossego de envolver.
Aqui é mesmo um lugar especial
Tem belezas sem igual
Cachoeiras que chuviscam
E cachoeiras de cristal.
Assim é o viver
De Santo Antônio do Rio Abaixo.
ENCANTOS
Em Santo Antônio eu vejo
Todo desejo
De querer viver.
Aqui passa o sorriso da vida.
E no meu olhar fico a gravar
A beleza desse lugar.
O chão, o rio, as folhas
Os pássaros, as crianças
Tudo é calmo.
A serra sempre em curva
Com a neblina se misturando
e mudando de jeito e de forma
Sem saber me perco nesses encantos
De meu olhar
Misturando a vida e a alma
Nesse lugar.
(Joelma, 6º ano, 2010)
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